terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sobre o sonho, ou os sonhos



Olá, Sonho!!!... Academicamente e de um modo muito rudimentar já que, não pretendo reproduzir nenhum conceito freudiano ou de outra qualquer corrente da psicanálise, no meu entendimento, o sonho, é uma manifestação, penso que apenas humana que, se processa ao nível do subconsciente, ou numa outra área que poderemos chamar de "limbo do consciente".
Os sonhos reflectem, dizem os entendidos, frustrações, desejos recalcados, fantasias inalcançáveis, ilusões que podem "enquanto pseudovividas" servir para o alivio de tensões internas ou até mesmo como uma forma primária de esperança, a maior parte das vezes apenas alicerçada numa fé de que "um dia seremos compensados" por algumas das condições existenciais, menos favoráveis que, nos tocaram em "sorte/acaso"

E o sonho revelou-se á Natureza Humana a via mais fácil e necessária ao seu equilíbrio emocional.

Este é aquele sonho que todos nós pressupomos acontecer na cama. É uma manifestação transversal a toda a sociedade.Seria interessante saber, se possível, qual a classe social que mais sonha e quais os objectos dos seus sonhos. Eu não penso fazê-lo. Não está nos meus horizontes e, não consideraria como um sonho a sua realização.·
A outra classe de sonhos é aquela que resulta de um estado interior que faz do inconformismo a existência de alguém. Existir é nestas circunstâncias, muitas vezes sonhar.

Nesta febre de alcançar um objectivo, o seu objectivo, o sonhador, subalterniza, muitas das categorias essenciais da realidade: talento, classe social, género, formação, finanças que, dependendo do sonho, todas ou algumas delas, em conjunto, são condição para que o sonho se transforme em realidade ou, pelo contrário, pela ausência de condições objectivas, o sonho, emerga com a natureza de devaneio e, assim fica existindo, no limbo das possibilidades ( se,)... ou seja condicionais.

Se assim for, o sonho é reservado para um tempo e um espaço que o sonhador, sentirá adiado, até que por exaustão o deixe aninhar-se no sítio das ideias/sonhos por concretizar.·

Tenho para mim que, a maior parte destas realizações muitas vezes apelidadas de sonhos, são apenas objectivos que hoje se vulgarizaram socialmente: como o curso superior que, de facto já foi, em tempos e para alguns um verdadeiro sonho de vida alcançado. Mas estes são os sonhos dos pais. Da família. Que faz esforços e descansa as ansiedades quando tudo o que queremos é perceptível no imediato. Porque, quase sempre foi assim.

E é nesta esfera do "desejo" necessariamente realizável, elevado á categoria de sonho, pelo qual pautamos em conjunturas sociais e de vida difíceis, os nossos relativos horizontes, louváveis sem dúvida e, razões de felicidade quando alcançados.

Mas questiono-me se pertencem à categoria dos sonhos.

Sem ser arrogante e dando o devido valor à relatividade e á sua importância para a valoração do conceito de sonho, penso que estas realizações que muitos nós, encaramos como tal, se ficam pela esfera dos desejos mais ou menos realizáveis.

f.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Festinha



Faz-me uma "festinha" no rosto
Como prelúdio de um abraço
Como chão para um beijo
Com ternura por dentro do olhar


Depois(...)eu concebo um imaginado momento


Festinha= toque afectuoso para um momento de empatia